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sábado, 10 de setembro de 2011

O Diabo Veste Prada (2006)


Meryl Streep é o destaque nessa comédia inteligente e altamente realista.

O Diabo Veste Prada é a adaptação do livro de mesmo nome da autora Lauren Weisberger, que retrada de maneira bastante engraçada os "perrengues" que as mulheres que convivem com a moda diariamente são obrigadas a enfrentar, que vai desde uma chefe cruel, que gosta de humilhar seus empregados e quem está a seu lado, até serviços humilhantes e pessoais em favor da chefona. O Diabo Veste Prada baseia-se no fato da moda ser o grande ponto de referência para tantas meninas jornalistas que sonham em um dia serem a secretária da editora principal da revista Runway nova-iorquina, talvez a mais importante e conceituada do mundo da moda. Esse mundo de luxúria e vaidade parece ser o sonho para qualquer mulher, vestir roupas de grifes famosas e designs e estilistas de todo o mundo, seria esse o paraíso? Não para a jovem formada jornalista Andrea Sachs, interpretada pela não mais princesa Anne Hathawey. Ela, a procura de um trabalho ond epossa demonstrar seus otes jornalísticos no maior centro urbano dos Estados Unidos, no caso Nova York, acaba indo para uma entrevista no prédio da revista Runway. Lá, ela se depara com um mundo que ela jamais conviveu. Mulheres vestidas como se fossem a um jantar de gala, casamento ou seja o que for, todas super bem vestidas, usando sapatos de marcas importadas como Chanel, Jimmy Shoe, Calvin Klein, etc. Ela, com seu modo simples e humilde de se vestir (calças, moletom de lã) segue para sua entrevista sem saber ao certo que tipo de probelmas irá ter ao entrar na sala da editora-chefe da revista, a arrogante Miranda Priesley, em uma atuação divina da sempre divina Meryl Streep. Quando Andy entra na sala de Miranda, a chefe se surpreende com o modo de se vestir da candidata a sua secretária e não acredita na cara-de-pau e a vergonha que a menina tem de se vestir daquela maneira. Sem facilitar as coisas pra jovem, Emily (Emily Blunt), a primeira assistente de Miranda não cessa em fazer comentários maldosos sobre as roupas de Andy e ela fica cada vez mais desconfortável com a situação. Apesar de seu jeito, ela é, surpreendentemente admitida pela chefona, muito mais pela sua inteligência e franqueza do que pela sua aparência (gorda e mal-vestida). Aos poucos vemos a inexperiente Andy se adaptar ao mundo da moda, dalí a alguns dias se transformando em uma verdadeira diva das passarelas. Nesses momentos, podemos ver o desfile de inúmeras roupas, algumas de uma semelhança assustadora com as roupas de Audrey Hepburn, considerada uma das mulheres famosas mais bem vestidas da história. A trilha sonora, com algumas faixas da cantora inglesa Madonna se encaicham perfeitamente ao clima da moda, incluindo a música "Vogue, Vogue", não pderia se rmais adequada ao tema. A correria da cidade de Nova York também foi outro fator que funcionou e coube como uma luva para a história, uma vez que Andy é obrigada a a percorrer a cidade inteira atrás de um caprixo da patroa (um não, VÁRIOS), e tudo em curtíssimo espaço de tempo.

O Diabo Veste Prada é um filme que mostra a realidade, não só do mundo da moda, mas também do equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e amorosa. Em várias situações, tanto a personagem Andy quanto Miranda Priesley sofrem com crises na vida pessoal e até mesmo a durona Emily e o sarcástico produtor Nigel, interpretado pelo sempre competente Stanley Tucci. Problemas em casa que jamais podem ser misturados na vida profissional, afinal "essa é a vida que todas querem". Essa frase parece ser a mais importante e adequada do filme, ou inadequada, como queira.

Em relação às interpretações. A que mais brilha é a da sensaional Meryl Streep, que passa segurança e dureza a sua personagem megera (aliás, muito bem sacada e baseada na editora-chefe da Vogue, Anna Wintour, de temperamento parecido). Sua vitória no Globo de Ouro e sua, mais uma, indicação ao Oscar de Melhor Atriz demonstram como o talento da atriz é imenso e inesgotável. A grande revelação é Anne Hathawey, que recentemente saira de O Diário da Princesa, onde vivia uma jovem que descobriu a pouco ser filha de um príncipe. Felizmente, a atriz se livrou do rótulo de princesinha e rumou para novos horizontes. Só não digo que Emily Blunt pode ser considerada uma revelação do filme pois ela já teve a oportunidade de expressar seu talento no filme Meu Amor de Verão, embora esteja infinitas vezes melhor agora, como coadjuvante em O Diabo Veste Prada. O Ator Tucci é definitivamente, capaz de fazer qualquer papel, desde o vilão de O Terminal até o produtor de moda do filme aqui comentado. O Diabo Veste Prada conta a participação especial da top model brasileira Giselle Bündchen, que aparece uma ou duas vezes e olhe lá.



O filme também é um verdadeiro desfile de moda, apresentando ao mundo as novas tendências e os clássicos da moda chique. Os figurinos, indicados ao Oscar, foram projetados pela estilista Patricia Field.

O Diabo Veste Prada não é só um filme para mulheres, como muitos pensam. É um filme que envolve pessoas desde as que entendem "bulhufas" de moda até as especialistas e jornalistas do gênero. É uma produção aberta para todo e qualquer tipo de público, de qualquer idade e camada social, desde os mais pobres, que não estão acostumados com as grifes (até porque no Brasil não vemos muito disto), e até os mais granfinos, que convivem constantemente com roupas e acessórios da última moda. Dirigido pelo estreiante David Frankel, ele se sai muito bem atrás das câmeras, instruindo o elenco e administrando as cenas como um profissional, claro que possui pequenas falhas de um principiante, mas não são nada em relação ao que ele poderá fazer no futuro. O Diabo Veste Prada, como já disse, não é só recomendado à mulheres, mas sim a todos aqueles que curtem uma boa comédia, excelentes atuações e toques sarcásticos constantes, além de um aula perfeita de moda, para quem aprecia.

Nota: 8.0

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