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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Premonições (2007)


OBSERVAÇÕES GERAIS...
Mennan Yapo (diretor) não fez um filme para o público apenas assistir. Ele fez um filme para o púbico participar e se identificar. Ele conseguiu fazer com que o publico participasse, mas não conseguiu fazer com que o publico se identificasse com a trama. Talvez por que não há uma explicação cientifica e consistente dos fatos ocorridos. O que há é uma explicação religiosa onde nem assim fica esclarecido o que ocorreu, mas podemos aceitar e até julgar o filme sendo bom. Ainda assim, poderia ter sido melhor se o roteiro tivesse sido mais trabalhado e se a participação de seu elenco tivesse sido mais efetiva e consistente. Em alguns pontos observamos furos grosseiros no roteiro, o que mexeu drasticamente com a atuação de seus atores.

UM DRAMA PSICOLÓGICO COM UMA RAZOÁVEL BULLOCK...
O inicio do filme é muito confuso e até complexo, mas a partir do momento em que a história se desenvolve percebemos que ocorrerá um final óbvio. Com isso todo o suspense do filme se esvai dando lugar a um drama psicológico que não brinca com a sabedoria do público (o que é bom). Mesmo assim ficamos atentos a todos os detalhes e ate apreensivos junto com a razoável atuação de Sandra Bullock.

A CONFUSÃO NO MUNDO DE LINDA...
Toda essa história começa quando Linda Quinn Hanson (Sandra Bullock) recebe a notícia que o seu marido Jim Hanson (Julian McMahon) morreu em um acidente de carro na estrada. Linda fica muito chocada e até desesperada com o ocorrido. Quando acorda, no outro dia, seu marido está dormindo ao seu lado e fica pensando que a morte dele foi um sonho. Quando acorda, no outro dia, percebe que seu marido está, novamente, morto e que é o dia do enterro dele. Fica muito confusa e para piorar ela vê que sua filha mais velha sofreu um acidente e está com o rosto todo ferido.


LINDA DESCOBRE O QUE ESTÁ ACONTECENDO...
Ela fica muito confusa e chega ao ponto de pedir para que abram o cachão em que seu marido está e descobre que ele foi decapitado pelo acidente. Achando que sua filha está com trauma, a mãe de Linda resolve interná-la em um hospital psiquiátrico. Só que quando acorda percebe que está em casa e que seu marido está, novamente, vivo e fica mais uma vez confusa. Ela percebe que os dias de sua semana estão embaralhados e faz planos para não ficar mais confusa.

QUAL FOI O MOTIVO DE TUDO?...
A partir daí o filme se desenvolve e as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar, ou seja, tudo aquilo que passou despercebido agora faz todo o sentido. Basicamente o filme é um retrato de como é mexer com o tempo. Não chega a ser um suspense; nem um thriller, mas é um drama psicológico vivido por Linda na sua vida e no seu casamento. Mas o pior é saber que não houve uma explicação coerente. O que podemos colocar como resposta para os acontecimentos foi o que o padre falou para Linda: “A história é cheia de acontecimentos inexplicáveis”, ou seja, tudo o que aconteceu com Linda foi simplesmente inexplicável.

PREVISIBILIDADE E COERÊNCIA...
O fim é previsível e coerente, sem nenhuma surpresa ou mudança drástica. Não estou dizendo que foi ruim, jamais direi isso, foi até bom, mas eu esperava mais. Um melhor roteiro, uma melhor atuação de seu elenco e uma melhor montagem. Temos que ver também os pontos positivos da trama, como por exemplo: seu figurino, sua maquiagem, sua fotografia e sua trilha sonora. Mas ainda falando do fim, fica claro que o amor de Linda por Jim estava vivo e que eles se amavam e amavam seus filhos.


A HISTÓRIA É CHEIA DE FENÔMENOS INEXPLICAVEIS...
Chamou-me muita a atenção a resposta que veio para todo o conteúdo do filme. A resposta que todos estavam esperando. Mas será que a resposta dada pelo padre ao problema de Linda faz sentido? Se me lembro bem ele disse: “A história é cheia de fenômenos inexplicáveis” e depois disse que o dom de Linda é um milagre, mas Linda rebate dizendo que não é um milagre e sim uma maldição. E vem a pergunta: Foi um milagre ou uma maldição o que ocorreu com Linda? Segundo o filme não foi um dom, pois ela tinha que lutar pelo que ela ama, ou seja, pelo seu marido e pelas suas duas filhas, quer dizer, três já que no fim ela aparece grávida de um terceiro. Mas fez sentido a resposta? Para mim não, poderia ter sido melhor.

CRÉDITOS FINAIS...
No fim, o filme aparece como um drama psicológico que foge do suspense e não assusta nem mesmo com a boa trilha sonora que tem. Fraco e despretensioso ficará marcado na carreira de Sandra Bullock como uma de suas piores atuações, já que ela é uma atriz incomparável. A direção foi fraca e não ajudou nem um pouco a levantar a carreira de Yapo. Mas, como um fenômeno inexplicável, eu gostei do filme e lembrarei dele pelo resto da minha vida.

Nota: 7.5



Um comentário:

  1. Veja que coincidência. Escrevi uma resenha sobre esse filme que vai ser publicada amanhã no blog. Sabe que eu gostei do filme. Abraços

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