Em 1989 os cinemas arrebataram milhões com a mega-produção Batman, o primeiro filme do homem-morcego. Em seguida ganhamos Batman - O Retorno, uma continuação boa que trazia um tom obscuro e depressivo. Mas graças a essa atmosfera sombria as criançadas fãs do morcegão na época se assustaram com o filme, solução, trazer um diretor que fizesse uma coisa mais leve, mais apta a conquistar a molecada, qual foi a escolha? Joel Schumacher. O que ganhamos com isso? Um filme colorido, com musicas mal feitas e vilões toscos.
Batman Eternamente tinha tudo pra ter sido o melhor filme do herói, tinha uma boa proposta, um bom elenco, mas na hora de transpor saiu tudo errado.
Nesse terceiro episodio encontramos Batman, agora interpretado por Val Kilmer (pra mim a melhor escolha pra estar por debaixo da mascara de morcego) atrás de Duas-Caras (Tommy Lee Jones) e o Charada (Jim Carrey, mais saltitante que nunca).
A historia contada em poucas palavras ate da uma impressão de que pode ser algo legal de se ver mas na ação a coisa é diferente. O Duas-Caras do filme nada mais é do que uma sobra do Coringa de Nicholson no filme de 89, rindo e pulando nas pontas do pés por qualquer motivo. E o Charada de Carrey mais parece um travesti em dias de paradas, com uma roupa colada e fazendo de suas caretas ja bem conhecidas.
A fotografia do filme é horrível, regado a verde e vermelho e com estatuas gigantes. Todo o tom sujo e de cidade "bandida" que Burton criou nos dois filmes anteriores foi estilhaçado pra dar espaço pra um lugar agradável. Na primeira cena do filme ja notamos o que a mudança de diretor ocasionou.
E por falar em comédia, chegamos as atuações. Val Kilmer se sai bem como Batman, deixa umas coisinhas a desejar mas nada ruim comparado com o resto do elenco. Ele consegui mostrar bem o drama pelo qual esta passando e a duvida entre ser ou não o Batman. Nicole Kidman é meio que uma bolacha de água e sal, num faz tanta diferença e ate entrega bem o seu papel, mas nada formidável levando em conta que seu personagem num é la tão importante. E quando chegamos ao parceiro do homem-morcego é que a coisa começa a desandar. Chris O Donnell faz um Robin tão sem graça que é ridículo. Um rebeldizinho mimado e sem expressão nenhuma. O único que realmente se sai bem dos mocinhos é Michael Gough, que esbanja carisma pela terceira vez como Alfred.
Nota: 4.0
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