Uma tragédia sem tamanho para o mundo dos super heróis.
O conceito do herói Batman, resgatado tão bem por Tim Burton em 89, recriando o conceito dos blockbusters nos cinemas, foi totalmente destruído por esta continuação desastrosa! O diretor Joel Shumacher, que dois anos antes deste, assumiu o projeto do morcego, em "Batman Eternamente", conseguiu humilhar o personagem nas telonas. O clima sombrio e as caracteristicas de sua complexa personalidade, outrora muito bem colocadas, aqui não restou nada! Logo de cara o público percebe as grandes modificações que estão por vir dentro do filme. Os cenários, as roupas, a música, os personagens...Tudo está exagerado de forma cômica e sem sentido para um filme destes.
Mas o porque desta mudança radical? os produtores da Warner acreditavam que os filmes de Burton, em 89 e 92 foram realizados de forma pesada e sombria, afastando a criançada dos cinemas. Para lucrar ainda mais sob o personagem, bem como com produtos que não se restringem as salas de cinema, os produtores afastaram Burton do projeto do terceiro longa, aplicando um novo conceito para o personagem e o mundo que o mesmo vive e se relaciona com demais personagens. Para isto, Joel Schumacher foi chamado e este dirigiu 'Batman Eternamente", que se saiu muito bem nos cinemas mundiais, o que lhe garantiu a direção de mais um capítulo. Porém neste quarto filme, a 'criatividade' e 'conceito' que o diretor possuia sob o mundo fantasioso do Morcego se sobressairam (Como o de Burton, que colocou suas manguinhas de fora no segundo capítulo).
Esqueça Gothan City de outrora, muito menos seu clima denso e gótico. Agora tudo é uma festa colorida, onde Batman e Robin se divertem e aprontam. O Batmóvel agora é cheio de flashs coloridos e luminosos, bem como seu modelo, sofrendo mais uma vez modificações físicas. Aposto que a direção de Arte errou de estúdio e filme, pois tudo aquilo que está no filme, não faz parte do mundo de Batman!! Os figurinos são os mais fantasiosos de todos os longas, todos com cores berrantes e chamativas. A trilha sonora de Danny Elfman , tão bem orquestrada nos primeiros filmes, dando energia ao herói, dá saudade, pois aqui não resta nada de bom. A trilha de um filme deste porte, de um super herói famoso no mundo todo, deve ser algo no mínimo brilhante, algo que some às cenas de ação protagonizadas pelo herói, algo que seja lembrado e gravado como 'A' trilha do determinado super herói (O que ocorreu com Superman e Homem Aranha, por exemplo).
Mais uma vez o elenco é substituído de um filme para o outro. Agora entra em cena George Clooney como Batman, porém é mantido o seu parceiro Robin, interpretado por Chris O'Donnell. Clooney possui um porte elegante e um charme próprio, estilo este bastante explorado em seus filmes, porém seu 'estilo' foi totalmente prejudicado, ou simplesmente mal aproveitado dentro da trama. A personalidade de Bruce é totalmente destruída neste capítulo. Um cara rico, sozinho, entediado, interessante e complexado dá lugar aqui a um personagem totalmente chato e sem personalidade, que a todo momento fica dando broncas em seu parceiro, e se comportando ou dizendo coisas que não fazem o menor sentido! Se Clooney tivesse sido chamado por Burton, no fim dos anos 90 para viver o herói, cairia como uma luva, pois com um roteiro bem feito, só faltava mesmo um cara boa pinta para dar vida ao Morcego! A cena onde usa seu Batcartão, escrito "Forever" em sua validade, é rídicula e desnecessária dentro de um filme como este. O'Donnell como Robin está mais insuportável ainda. É um personagem irritante, metido a valentão, que sempre necessita ser salvo na hora H por Batman, sem mencionar que o relacionamento de ambos não passa nenhuma credibilidade ao público, não possuindo nenhuma carga dramática que faça o telespectador ter uma empatia melhor com eles. Caso mantesse Kilmer como Batman para este também, talvez a relação poderia ser mais 'aceitável', tendo em vista que o público já estaria familiarizado com ambos.
O grande vilão deste filme é interpretado por Arnold Schwarzenegger, O Sr. Freeze, acompanhado por Uma Thurman, que dá vida à Hera Venenosa. Ambos são totalmente carentes de personalidade ou carisma. Não passam a credibilidade alcançada pelos vilões dos dois primeiros filmes, que possuiam um desenvolvimento dentro do filme. Os vilões de antes recebiam um tratamento melhor, mais espaço para mostrarem para que vieram e estarem fazendo tal coisa, todos possuindo personalidades interessantes e características emotivas bastantes convincentes, aqui o que sobra é simplesmente vilões, que surgiram do nada, da forma mais fantasiosa possível, que aparentemente não possuem motivos que convencem o público. Eles só dão as caras para derrotar Batman, sem um motivo no mínimo convincente. Os antigos desejavam algo mais, desejos que só poderiam ser realizados com a derrota do herói ou a conquista da cidade, mas aqui.......
Alicia Silverstone surge como uma nova aliada à Batman e Robin, usando o nome de Batgirl! Sua participação é totalmente desnecessária, não apresenta em nenhum momento do filme o que está fazendo na trama. Apareceu do nada, depois que seu tio Alfred, novamente interpretado por Michael Gough, adoece e pronto! Do nada se torna uma super herói e com isto completa a festa toda de Joel Schumacher! Batman, um herói que combatia o crime sozinho, onde não permitia nenhum contato, fora sua identidade de Bruce Wayne, agora é auxiliado por três ajudantes, acabando com sua tão agradável individualidade noturna de outrora, tornado-o um simples coadjuvante nesta bagunça colorida entre inúmeros heróis e vilões.
O grande vilão deste filme é interpretado por Arnold Schwarzenegger, O Sr. Freeze, acompanhado por Uma Thurman, que dá vida à Hera Venenosa. Ambos são totalmente carentes de personalidade ou carisma. Não passam a credibilidade alcançada pelos vilões dos dois primeiros filmes, que possuiam um desenvolvimento dentro do filme. Os vilões de antes recebiam um tratamento melhor, mais espaço para mostrarem para que vieram e estarem fazendo tal coisa, todos possuindo personalidades interessantes e características emotivas bastantes convincentes, aqui o que sobra é simplesmente vilões, que surgiram do nada, da forma mais fantasiosa possível, que aparentemente não possuem motivos que convencem o público. Eles só dão as caras para derrotar Batman, sem um motivo no mínimo convincente. Os antigos desejavam algo mais, desejos que só poderiam ser realizados com a derrota do herói ou a conquista da cidade, mas aqui.......
Alicia Silverstone surge como uma nova aliada à Batman e Robin, usando o nome de Batgirl! Sua participação é totalmente desnecessária, não apresenta em nenhum momento do filme o que está fazendo na trama. Apareceu do nada, depois que seu tio Alfred, novamente interpretado por Michael Gough, adoece e pronto! Do nada se torna uma super herói e com isto completa a festa toda de Joel Schumacher! Batman, um herói que combatia o crime sozinho, onde não permitia nenhum contato, fora sua identidade de Bruce Wayne, agora é auxiliado por três ajudantes, acabando com sua tão agradável individualidade noturna de outrora, tornado-o um simples coadjuvante nesta bagunça colorida entre inúmeros heróis e vilões.
O orçamento de "Batman e Robin", consideráveis R$ 125 milhões foram desperdiçados de forma surpreendente por seus realizadores, com um roteiro que ridicularizou e afundou a série do Morcego nos cinemas, que seriam recuperados de forma digna em 2005, com um novo pontapé de Christopher Nolan. Apesar do massacre da crítica, o filme conseguiu arrecadar R$ 238.207,122 milhões em seu total.
Nota: 0.5
É tão ruim que chega a "dar a volta" e vira uma divertida comédia involuntária. Ed Wood ficaria orgulhoso do Schumacher.
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